sábado, 19 de março de 2016

Experimento lã de ovelha: etapa um

Iniciamos um experimento acalentado há muito tempo:
feltrar exclusivamente com lãs de ovelhas 
tosquiadas no município onde moramos.
Para a realização do projeto separamos ele em três etapas.
Nesta postagem vamos mostrar  a etapa um, ou seja,
usar a lã de ovelha após a tosquia.


Abrimos o saco e espalhamos o velo na mesa.
Apenas separamos de lado a lã das pernas.
Usamos luvas, com certeza.
O tufo de lã era aberto na hora e já distribuido no seu espaço.



Após distribuir toda a lã,
 é hora de averiguar se tem buracos.
Se faz a averiguação apalpando com a mão, 
calmamente, em cima da lã distribuida 
e apertando levemente.


Feita a verificação hora de molhar a lã.
Na foto acima da para perceber a diferença 
quando a lã esta seca e quando já esta molhada.



Nesta foto dá para perceber que 
o tapete está começando a feltrar.


Até aqui chegamos na feltragem...
Não fomos até o último minuto do segundo tempo...
Mas fomos até onde podiamos aguentar o cheiro...


Claro que os mongóis feltram nas estepes 
e o vento se encarrega de desodorizar o ambiente.
Aqui, fizemos o trabalho no atelier e na garagem...
Insuportável permanecer nestes espaços...
O fedor fazia parte do ambiente...
ambiente este que estava com portas e janelas abertas...
Faltou o vento das estepes...


Durante a feltragem não nascia a vontade 
de ir arrumando os lados do tapete.
A nata marrom de sujeira e o fedor não encorajavam a nada...
Mesmo de luva.


Portanto, decidimos por um fim na feltragem 
Cortei os quatro lados do tapete quando já estava lavado e seco.


Nos cortes da para perceber: 
 as camadas feitas pelas diferentes cores da lã, 
a suarda que ainda existia em alguns tufos, 
a sujeira que não saiu toda.
Seriam necessários o mesmo tanto de horas trabalhadas para conseguir retirar o restante  da suarda e da sujeira.


No final costurei um acabamento nas bordas,
com fio de lã industrial.
Até agora não sentimos nenhum cheiro indigesto no tapete.
 Está normal.
Considero que não foi perda de tempo fazer a etapa um.
Existe uma máquina de feltrar 
que usa vapor quente para fazer xergão.
Mas o  fedor também faz parte deste processo.
Sei que não farei outro experimento, com lã tosquiada, tão cedo.
Agora tenho apenas que encontrar 
um uso adequado para este tapete!
Alguma sugestão?

Até à próxima postagem!!!


cachecol feltrado e estampado - II



Estão lembrados  que havia realizado um experimento
 com dois tipos de fibras aqui


quatro cachecóis feltrados e estampados
 cachecóis feltrados e estampados

São cachecóis feltrados com lã e tecido com fibras sintéticas  e depois estampados com plantas da região.
Na foto acima e na foto abaixo são os mesmos cachecóis, 
apenas foram virados,
 é possível ver que eles são dupla face.

quatro cachecóis feltrados e estampados
 cachecóis feltrados e estampados

As fotos a seguir mostram, um a um,
 o cachecol de um lado e do outro.
Inicio pelo lado esquerdo da tela.

quatro cachecóis feltrados e estampados
 cachecóis feltrados e estampados

Cachecol um


detalhe da feltragem com a lã e tecido de fibra sintética
eucalipto

Detalhe da feltragem com o tecido

quatro cachecóis feltrados e estampados
 cachecóis feltrados e estampados
Cachecol dois

detalhe da feltragem com a lã e tecido de fibra sintética
cinério e baccharis
Detalhe da feltragem com o tecido

quatro cachecóis feltrados e estampados
 cachecóis feltrados e estampados

Cachecol três

sombrero
Detalhe da feltragem com o tecido

quatro cachecóis feltrados e estampados
 cachecóis feltrados e estampados
Cachecol quatro


detalhe da feltragem com a lã e tecido de fibra sintética
cinério e grevillea

Detalhe da feltragem com o tecido

detalhe da feltragem com a lã e tecido de fibra sintética
cinério e grevillea

Neste cachecol,
 como coloquei mais lã o tecido apareceu pouco.
Mais informações sobre a técnica usada você encontra aqui

Até a próxima postagem!!!



verão 2016

Minha postagem deste verão será curta.
 Gostaria de mostrar dois fatos que chamaram minha atenção.

pitangueira com várias pitangas maduras
pé de pitanga
Como todos sabem,
 pitangueiras gostam de lugares quentes e arenosos.

mão com quatro pitangas perto de uma pitangueira
pé de pitanga
Mesmo sem estes requisitos ela floresceu
 e ofereceu estes frutos maravilhosos, 
que precisavam ser eternizados, 
antes que acabasse a frutificação.

família de perus, com quatro filhotes, passeando
família de perus

A história desta família de perus
 inicia com cinco ovos sendo chocados.

 Muitas chuvas e nenhum abrigo para a perua, 

que claro escolheu seu local de nidação.

 Uma amiga e eu resolvemos fazer um abrigo para ela.
 Técnicamente os perus exigem lugares secos e protegidos
 para poderem sobreviver e viver.
Quatro filhotes saudáveis e cuidados pelos pais em todos os momentos  foi o resultado deste abrigo.
O quinto morreu muito jovem. 
O que presenciamos com os cuidados dos pais
é bagagem extra de ensinamentos.
 Protetores quando necessário,
 desfazendo brigas com autoridade 
e amorosos incondicionalmente.
família de perus passeando numa calçada
família de perus

Sei que estes fatos aconteceram devido 
ao calor excessivo deste verão.
Quando a natureza muda, os comportamentos mudam.
Alguns bons, como estes, para a nossa sorte.
Outros não tão bons, 
 e estes todos nós podemos dar muitos exemplos.
Grata a este verão de ensinamentos e vivências muito legais.

Até a proxima postagem!!!

novo projeto

Há algum tempo estamos querendo fazer um experimento com as lãs adquiridas na nossa região.
Usamos ela, normalmente, para confeccionar acolchoados
lã de ovelha  para beneficiamento
lã de ovelha 
Quando olho para a lã assim sempre vem em minha lembrança as fotos e filmes da Mongólia!
Posso até sentir o vento das estepes.
Mas isto é apenas imaginação fértil, pois nunca estive lá.
Mas esta lã tosquiada   tem histórias que se perdem no tempo e se transmite a cada tosquia.

lã de ovelha  após tosquia
lã de ovelha
O beneficiamento da lã segue um esquema:
 separar velo, lavar, secar, cardar e depois disto existem outras escolhas múltiplas.
Queremos fazer experimentos no início do processo.
O projeto que temos se divide em três etapas:
lã de ovelha iniciando a limpeza
lã de ovelha

  1.   usar a lã sem lavar
2. usar a lã antes de secar
3. usar a lã depois de cardada   
Vou postar cada fase completada.

Até a próxima postagem!!!
                                       

sexta-feira, 18 de março de 2016

pantufas feltradas e bordadas de adulto

Havia esquecido que já tinha esta postagem pronta!
São as últimas pantufas que fiz em janeiro.

pantufa feltrada e bordada exposta sobre uma grade
pantufa feltrada e bordada

Resolvi fazer este  acabamento bordado pois estava com tempo.
Coloquei um cadarço para para fazer o laço.  
Com o tempo de uso a lã laceia 
e este cadarço auxilia no ajuste da pantufa.. 


pantufa feltrada e bordada com fios de seda preto
pantufa feltrada e bordada

Esta pantufa é  demais, pois foi feltrada com lã 
e bordada com fios de seda fiados manualmente.

pantufa feltrada e bordada com fundo de tecido
pantufa feltrada e bordada

Este tecido de fundo maravilhoso,
 foi um produto de uma aluna. Lindo!
 A pantufa foi toda bordada com fio azul, sintético.
Mas o brilho do fio deu um contraste bom com a lã.

pantufa feltrada e bordada com fundo de tecido
pantufa feltrada e bordada

Quando terminei esta pantufa houve amores imediatos.
Mas já estava comprometida!
As duas, a de cima e esta, tomaram o caminho de poa.

pantufa feltrada e bordada em cima de um pallet
pantufa feltrada e bordada

Estas  duas últimas pantufas que estou mostrando

pantufa feltrada e bordada em cima de um pallet
pantufa feltrada e bordada

também foram usados apenas lã 
e bordadas com fios de seda fiadas manualmente.

pantufas feltradas e bordadas em cima de um pallet
pantufas feltradas e bordadas

As pantufas podem durar muitos anos, 
dependendo da forma como é cuidada.
Com o uso, o calor do seu pé mais os movimentos, 
o feltro lança fibras da lã para fora, uma penugem.
 Esta penugem pode ser cortada com tesoura, bem rente. 
Também pode ser passado um barbeador, destes bem simples, pode ser usado  por toda a peça, fazendo uma depilação. 
Com o passar do tempo e uso as fibras se aquietam.
Ah! Você pode lava-las na sua máquina 
e também pode centrifugar.
Aconselho depois da centrifugação 
calçar a pantufa por um pequeno periodo de tempo 
para a lã moldar o formato de seu pé.
Como estas pantufas tem solas de borracha e uso cola de pvc o normal é não descolar.

Até a próxima postagem!!!

quarta-feira, 16 de março de 2016

8 variações de gorros de trico


Resolvi fazer o gorro tradicional, 
respeitando inicio e fim  mas fazendo variações aqui e ali. 


gorro de lã       marrom           na cabeça de uma moça de óculos
gorro de lã
Para colocar os pontos fiz com fio duplo e tricotei  2 meia e 2 trico.
Antes da diminuição fiz barras de  trico e meia.

gorro de lã  marrom com enfeitos coloridos na cabeça de uma moça , visto por trás
gorro de lã

Antes de começar a diminuição introduzi um fio  com bolinhas.
Para fechar completamente um outro tipo de lã.

gorro de lã preto na cabeça de uma moça de óculos
gorro de lã

Neste gorro brinquei com meias e trico  até a diminuição.
gorro de lã preto  na cabeça de uma moça, visto de trás
gorro de lã

O término foi tranquilo, com a mesma lã.




gorro de lã  preto na cabeça de uma menina
gorro de lã

Neste gorro a brincadeira foi com entradas de fios diferentes
 ao longo do trabalho.


gorro de lã azul em cabeça de mulher
gorro de lã

A lã usada neste gorro tem 85% de lã de ovelha 
e o tingimento é artesanal.

gorro de lã azul em cabeça de mulher
gorro de lã
Neste gorro não mexi em nada .
Apenas fiz o esperado, usando agulha número 9,
uma barra, o corpo do trabalho e a diminuição.
Quis aproveitar o deleite de tricotar uma lã com 85% de lã de ovelha e tingida artesanalmente.
Estas lãs foram presenteadas pela miha cunhada.
Presente precioso.
                

gorro de lã laranja na cabeça de uma mulher
gorro de lã

Por que não investir em tons fortes? 
Reuni 5 tons de laranjas e pus mãos a obra.


gorro de lã de lã laranja, visto de frente, na cabeça de uma mulher
gorro de lã

O que estou fazendo em todas 
é aumentar o tamanho da parte central.
Em vez de 15cm usuais coloco 20 a 25cm.

gorro de lã preto na cabeça de uma mulher
gorro de lã

Neste gorro preto também brinquei com 5 tipos de lãs.

gorro de lã preto na cabeça de uma mulher
gorro de lã
Quando tu trabalha com várias cores pretas, 
descobres que tem uma gama de pretos.
gorro de lã marrom na cabeça de uma adolescente
gorro de lã

Como já havia tricotado esta lã maravilhosa sózinha,
 chegou a vez de mistura-la com outras lãs.


gorro de lã marrom, de frente, na cabeça de uma adolescente
gorro de lã
Usei agulha número 6 na barra e continuei com a número 9,
 mesmo fazendo variações de lã.


gorro de lã em tons acobreados na cabeça de uma menina
gorro de lã
Esta lã me comove.
 Ela é muito bela. 
Aqui apenas brinquei com  pontos meias e trico 
e no final uma lãnzinha felpuda para dar um toque especial.
gorro de lã em tons acobreados na cabeça de uma menina
gorro de lã

O que devemos levar em conta:

1. O número de pontos sempre divisível por 8. 
Por exemplo: 48, 56, 64, 72....

2. Para finalizar o gorro deve-se colocar um separador a cada oito pontos, obtendo-se assim vários grupos com 8 pontos.

3. No lado direito do gorro tricota-se junto os sétimo e oitavo ponto, de cada grupo.

4. No lado esquerdo do gorro tricota-se normalmente.

5. Quando obtiver 8 pontos na agulha, não tricote mais. 
Passe a agulha sem ponta dentro destes 8 pontos,
 puxe e inicie o fechamento do gorro.

6. A cada mudança de agulha os pontos  sofrem variação. 
Por exemplo: 56 pontos numa agulha número 5 obtem-se um gorro médio, o mesmo 56 pontos numa agulha número 9 obtem-se um gorro grande.

7.Agradecer!!! 
Gratidão as modelos que gentilmente cederam seu tempo, sua simpatia, sua boa vontade, 
seu acolhimento, sua beleza, 
para tirar as fotos com os gorros!!!!   
Beijos para todas!!!

Até a próxima postagem!!!